- Asas à Prova do Sol
- Posts
- #12 — Eu voltei, agora é pra ficar (tô concursado, gente!)
#12 — Eu voltei, agora é pra ficar (tô concursado, gente!)
Conto toda a epopeia da minha mudança às pressas para Uberaba, falo de um jeito resumido e simplificado da Rede de Apoio Psicossocial, mostro um pouco do passei no Museu do Dinossauro em Peirópolis e conto os últimos acontecimentos da aventura dos Lâminas do Caos.

Pois é, eu sumi por um pouco mais que um mês e já vou dar o motivo. Na Newsletter #2 — Saudades de ser um socialista de iphone, eu citei que estava aprovado em 6º lugar nas cotas raciais para o concurso da prefeitura de Uberaba. Bem, no dia 11/06/2025 saiu minha convocação para assumir o cargo Especialista em Saúde I — Psicólogo, com o prazo de 15 dias a partir da convocação para levar toda a documentação e exames médicos para assumir o cargo.
Foi uma loucura e por isso eu sumi daqui. Mas agora as coisas se acalmaram e posso contar minha epopéia de mudanças as pressas de Parauapebas (PA) para Uberaba (MG). Por isso hoje vamos falar de…

Eu já tinha dito Newsletter #11 — Rotina não é fácil para autistas vários sintomas do Transtorno do Espectro Autista, diagnóstico que recebi em janeiro deste ano. Mudanças bruscas de rotina, hábitos (leia-se rituais) e ambiente também são difíceis. Por isso minha primeira reação ao ler meu nome na convocação para o concurso (às 21h do dia 11 de Junho) foi uma crise de melting down!
Essa crise é uma sobrecarga de estresse e se parece muito com uma crise de ansiedade. Taquicardia, hiperventilação, a pressão arterial vai lá para as alturas, a gente começa a perder o controle da coordenação motora… Bem, claro que tive um melting down bem levinho — depois de receber o diagnóstico de TEA, principalmente, eu mudei algumas coisas na minha vida e comecei a perceber mais o que me leva a crises, o que em geral consegue evitar muito as ocorrências de crises intensas. Eu acabei me sentando e, depois, deitando no chão e tentando respirar fundo e relaxar a musculatura para não vomitar.
Minha cabeça estava em loop. Eu deveria ficar feliz! Vou trabalhar como psicólogo no serviço público e concursado! O regime estatutário é o melhor regime de trabalho no Brasil e, além de tudo, vou ter uma boa remuneração para 30h semanais. É trabalho de segunda a sexta e só 6h por dia!
Mas e a esteatose hepática? Eu já tinha adaptado um jeito para fazer atividade física regular e manter a dieta ali, em Parauapebas e não conseguia vislumbrar possibilidades reais de fazer isso enquanto vivencio uma transição brusca de toda a minha vida. E o dinheiro? E eu vou conseguir trabalhar 6h direto? Em qual unidade de saúde eu trabalharia? Eu sei procurar casa para morar? Minha esposa vai ficar bem indo para longe da família dela? Droga, não vou poder ir na festa de formatura do Colégio Conexão (escola na qual a Vanessa trabalhava, a festa de formatura é muito topzeira e eu queria participar alguma vez). E o exame do ceratocone? Como vou lidar com minha vida dando um giro de 180° assim do nada?
Enfim, enquanto eu estava lá me recuperando da crise, Vanessa estava buscando toda a lista de documentações e exames necessários para tomar posse no concurso, além de verificar nosso orçamento para a mudança (e aqui temos um bom exemplo de suporte para autistas!). Assim que terminou, ela foi me ajudar. A gente deu a notícia para nossas famílias, nossos amigos, e fomos dar uma volta no bairro para eu respirar um ar puro. Enquanto caminhávamos, Vanessa foi me falando que era um motivo sim para ficarmos felizes. Era o que eu queria e ela também queria isso.
Meus motivos parar querer assumir o concurso envolviam o seguinte: (1) adquirir uma estabilidade financeira que eu nunca tive desde que me formei na faculdade; (2) poder me concentrar em ser psicólogo, sem precisar me desdobrar com contabilidade, secretaria e marketing; (3) Uberaba fica no Triângulo Mineiro, é um clima mais fresco do que o nordeste de Minas Gerais (onde fica Teófilo Otoni, onde eu morava) e com certeza mais frio que Parauapebas, no Pará; (4) Minha irmã Iandra faz faculdade na Universidade Federal de Uberlândia, que fica a 100 km de Uberaba. Visitá-la fica bem mais fácil; (5) Em Uberaba tem a Universidade Federal do Triângulo Mineiro, e com um cargo de 30h semanais é possível pensar em fazer mestrado e doutorado — sonhos que eu tenho na psicologia desde o primeiro período da faculdade.
Motivos da Vanessa querer vir comigo para uma cidade onde eu tenho cargo público: (1) com a renda familiar estável, ela pode pensar com calma em transição de carreira — ser professora de inglês em escolas a estava desgastando muito; (2) O clima de Uberaba é bem mais frio que o de Parauapebas; (3) Uberaba não fica tão longe de Belo Horizonte, Brasília e São Paulo (capital), o que facilita muito o planejamento de viagens turísticas por causa dos aeroportos; (4) A Universidade Federal do Triângulo Mineiro é uma oportunidade aberta para Vanessa conseguir uma segunda graduação, algo que ela quer já tem um tempo.
Então ficamos felizes!
Compramos as passagens para cá. Eu viria primeiro, pois tinha um prazo de apenas 15 dias para resolver tudo. Então comprei minha passagem de avião para Belo Horizonte para o voo no dia 20/06 (uma sexta-feira) e passagem de onibus para chegar em Uberlândia na manhã do dia 21/06. O plano era passar o final de semana com minha irmã e então, na segunda, dia 23/06, eu iria para Uberaba entregar as documentações e exames médicos — que faria em Parauapebas mesmo. Daí eu voltaria para Uberlândia e ficaria por lá até o dia 26/06, o dia marcado para a posse. Então eu tomaria posse, pediria para começar a trabalhar só no dia 01/07, e usaria esse tempo para procurar casas para aluguel.
Vanessa, por sua vez, só viajaria no dia 01/07. Ela precisava terminar o semestre na escola, coordenar a venda dos móveis e da moto, colocar a casa para alugar, e se despedir de sua família e amigos.
Naquela última semana no Pará foi uma tremenda correria, buscando todos os documentos necessários, ajeitando as malas para viajar levando mudança — trouxemos todas as nossas tupperwares —, fazendo os exames médicos necessários. Mal tive tempo de me despedir da família da minha esposa.
E então começou o período infernal para nós dois: o período em que estávamos distantes, sem poder prover apoio um para o outro.
Da parte da Vanessa, do dia 20/06 até o dia 01/07 foi um tremendo caos e estresse. Estava desocupando a casa ao mesmo tempo em que terminava de mexer na fiação dela — coisas demais para resolver, materiais demais para comprar e levar. Ela ficou na casa da mãe, junto com um mundaréu de malas que ela levaria com ela na mudança. Por causa de coisas imprevistas que me aconteceram, ela tentou me ajudar a buscar outros documentos e também a entrar em contato com as imobiliárias de lá mesmo. Considerando que Vanessa também é autista, isso significou vivenciar várias crises durante esse período. Foi um inferno.
Da minha parte… Viajar com duas malas, uma mochila, e um violino foi um grande suplício. Não bastasse isso, ao chegar em Uberaba no dia 23/06 eu descobri que faltavam muitos documentos — o anexo que a prefeitura mandou por email para os convocados acabou não chegando para mim, então eu só tinha visto a lista disponível no edital do concurso. Passei aquela segunda feira andando pra lá e pra cá várias vezes em Uberaba — cidade que eu nem conhecia ainda, só tinha visitado quando prestei o concurso — para conseguir todos os documentos, isso além de abrir minha conta no Banco do Brasil. Isso levou tanto tempo que no fim do dia, eu não tinha mais dinheiro para voltar a Uberlândia.
Como eu teria que estar em Uberaba de novo na terça-feira para entregar os exames ao médico trabalhista da prefeitura, passei no Uberaba Shopping para comprar roupa íntima e um carregador de celular (tinha deixado minhas malas na casa da minha irmã), e paguei uma diária de hotel para passar a noite.
Então chegou a terça-feira (dia 24/06). Já tinha toda a documentação no jeito, só precisava do Atestado de Saúde Ocupacional que eu pegaria com o médico da prefeitura. Tinham me marcado o horário de atendimento no dia 24/06 às 13h15min, e eu não me atentei que a marcação de horário era uma formalidade. A prefeitura não estava marcando horário com o médico de verdade, ainda teria que pegar senha. Essa medida era apenas para evitar que todos fossem de uma vez para lá e superassem a lotação máxima do prédio. Se eu soubesse, teria ido o mais rápido possível. Como eu não soube…
Cheguei lá 13h e peguei uma senha. Fui atendido às 14h30min (o que já significou que eu não voltaria para Uberlândia na carona que tinha agendado). Quando passei pelo enfermeiro, minha pressão arterial já estava alta por causa da taquicardia. Esse loop de emoções tava me sobrecarregando. Ele me tranquilizou e depois explicou que… Tinha problemas com relação aos exames que eu apresentei. Por causa de umas miudezas do edital que estavam implícitas, era necessário que nos exames laboratoriais tivesse a inscrição “Exames colhidos em laboratório” e o laudo psiquiátrico de higidez mental necessitava do RQE do psiquiatra. O psiquiatra que me fez o laudo não tinha RQE, porque não sabíamos que era necessário — o edital em si não especifica, mas existe uma portaria do Conselho Regional de Medicina em Minas Gerais que exige que todo psiquiatra que emita laudo de higidez mental possua RQE, o Registro de Qualificação do Especialista.
Aí que eu tive outra crise. Saí da Casa do Servidor — a clínica médica do trabalho da prefeitura — e acionei todas as minhas opções. Vanessa conseguiu entrar em contato com o laboratório de Parauapebas e eles não demoraram muito a mandar de volta o laudo. Eu paguei caro em outra consulta, mas consegui um psiquiatra com RQE na plataforma Meu Psiquiatra Online, que me consultou por ligação de celular enquanto eu estava numa praça pública e emitiu meu laudo. Daí eu voltei, deu tudo certo, fui até a prefeitura de Uberaba, andei horrores até encontrar a seção de recursos humanos, verificaram minha documentação, e pronto! Era só estar presente no dia da posse.
Enfim, dá para perceber que eu tive menos crises autistas do que seria o esperado durante esse processo. E aqui eu faço mais um elogio a Uberaba: as pessoas tem uma cultura de ter muita educação nos ambientes públicos. Todo mundo foi bem compreensivo ao me dar todas as orientações necessárias enquanto eu rodava essa cidade igual barata tonta para conseguir assumir o cargo. Isso reduz CONSIDERAVELMENTE o estresse. Fica aí a dica: você pode até perder a paciência com alguém aí na rua que busca orientações achando que a pessoa é lerda, mas as vezes ela é neurodivergente e está sob muito estresse.
Voltei para Uberlândia e minha epopeia continuou no dia 26/06, o dia da posse. A cerimônia seria as 14h, então eu comprei a passagem de um ônibus para sair as 9h. Acordei cedo, mas na hora que estava para sair, não consegui fechar as malas. Daí um dos zíperes arrebentou. Iandra, minha irmã, foi me ajudar a fechar, mas quando conseguimos, já era 8h40min. Cheguei na rodoviária às 9h05min, tinha perdido o ônibus. E aí foi uma saga para conseguir alguma carona no Blablacar que levaria aquele mundaréu de malas.
Graças a Deus, consegui.
Mas eu estava no hotel em Uberaba às 12h30min e não tinha almoçado. Pedi uma marmita no ifood, mas já estava dando 13h40min e ela não tinha chegado. Não consegui cancelar o pedido, mas aceitei que seria outro dinheiro perdido. Quando estava esperando o uber que me levaria ao centro administrativo da prefeitura, o entregador do ifood apareceu.
E assim foi minha cerimônia de posse: eu estava super arrumado, morrendo de fome, sentindo já aquela fraqueza, e com a minha marmita dentro da mochila. Fui almoçar só às 17h quando voltei para o hotel.

A selife corrida que eu tirei no dia da posse porque eu estava sozinho, então não dava para tirar uma foto propriamente dita.
Daí foi a saga para procurar casas. Entrei em contato com várias imobiliárias e a maioria demorou bastante a responder (até porque, né? Era sexta-feira (27/06) e a maioria já não tava querendo agendar as visitas para aquele dia. Mas gastei muito com uber indo para sede de imobiliárias, depois visitando casas, filmando e mandando para minha esposa… E no dia 30/06 (segunda-feira), eu já exausto e quase tendo um troço por não conseguir casa, achei uma enorme — dentro do nosso orçamento — que está na mesma região do meu trabalho.
Inclusive, foi no dia da posse que eu descobri em qual unidade de saúde eu trabalharia: Centro de Apoio Psicossocial Infantojuvenil — CAPS-IJ. Vamos falar sobre o CAPS depois.
Aí a gente gostou dessa casa e entramos com o processo para alugar a casa (que fica a uns 15 minutos do meu trabalho, e eu inclusive já consegui ir fazer 11 minutos indo a pé). Vanessa chegou aqui em Uberaba no dia 02/07 e essa minha primeira semana de trabalho foi bem sofrida — pegando uber, almoçando no serviço mesmo (peguei turno vespertino), e morrendo de ansiedade esperando a imobiliária liberar a vistoria.
Efetivamente, nós entramos na nossa casa no dia 10/07 e aí a saga é comprar móveis e etc. A cama mesmo só chegou no dia 12/07 (antes dormimos num colchão inflável kkkkk), e daí é a questão da gente ir se adaptando. Agora estamos bem.
Certo, agora comentando sobre o trabalho. O CAPS-IJ faz parte da Rede de Apoio Psicossocial (a RAPS), que é uma rede de serviços públicos que visa substituir os hospitais psiquiátricos, conquista da reforma psiquiátrica influenciada pelas ideias de Franco Basaglia (que era comunista). Enfim, um dia eu falo mais sobre esse tema, por enquanto vamos só a uma apresentação básica.
Digamos que você tenha uma questão de saúde mental. Se for uma questão que consideramos com sintomas leves, como um transtorno de ansiedade generalizada, sem crises agudas frequentes, você poderá ser atendido na unidade básica de saúde, o postinho do seu bairro. A ideia é que lá tenha toda a equipe necessária para cuidar da sua saúde: psicólogos, psiquiatras, e também nutricionistas, enfermeiros e técnicos, dentistas e tudo o que você precisa.
Porém, se os seus sintomas são mais graves e persistentes, como uma depressão maior, ideação suicida, tentativa de autoextermínio, automutilação, sintomas psicóticos (alucinação, delírio), você vai para o CAPS. Lá você também vai ter uma equipe que envolve todos esses profissionais, receber medicação, um tratamento integral.
Se seu quadro envolve uso de substâncias psicoativas, adicção em drogas, você também recebe tratamento especializado para isso no CAPS-AD (Álcool e outras drogas).
Aqui em Uberaba percebi outra particularidade da rede: o Serviço Intermediário de Atendimento Psicossocial (SIAP), que é focado em atender pessoas com sintomas que não são tão graves para se enquadrar no CAPS, mas também não são tão leves para resolver no postinho. Além disso tem o CER, o Centro Especializado em Reabilitação, que vai atender pessoas no Transtorno do Espectro Autista, pessoas com lesões cerebrais e quaisquer outras condições que necessitem um serviço de reabilitação; e o NEVAS, o Núcleo Especializado no Atendimento às Vítimas de Agressão Sexual, que também está preparado para atender esta demanda.
Quando as pessoas com questões de saúde mental grave ou com questões envolvendo álcool e drogas são menores de 17 anos e 11 meses, o serviço indicado é o CAPS Infantojuvenil, onde comecei a trabalhar.
O atendimento em rede é intersetorial. Significa que, se for sua necessidade, você vai ser atendido por todas as instituições que você precisa. Ser atendido pelo CAPS para uma demanda específica e pela UBS do seu bairro para outra é o esperado, é essa a ideia de ser uma rede de apoio psicossocial.
Claro que existem problemas, mais do que eu consigo apontar por aqui até o momento. Por um lado, ainda tem muito chão para que o sistema de atenção primária à saúde funcione como está previsto em legislação. Então não seria incomum que você chegasse ao seu posto de saúde e descobrisse que não há psicólogo disponível, ou até ter, mas com uma fila de espera que marcaria um atendimento só para o próximo ano. Daí um transtorno de ansiedade generalizada pode se tornar um quadro muito pior.
Os CAPS não tem lista de espera, mas podem não ter estrutura para receber uma demanda altíssima — especialmente quando as UBS não cumprem seu papel, o que colabora com o adoecimento mental geral da população do território. Pode faltar estrutura física, mas também estrutura profissional. Em muitos municípios não há médicos psiquiatras, e para o tipo de tratamento seria legal outras especialidades também: terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, preparadores físicos, nutricionistas… E falta em muitos municípios.
Outro problema é a dificuldade dos profissionais entenderem lógica de atendimento. Não trabalhamos com uma lógica ambulatorial de atendimentos individuais — você tem consulta com psicólogo, depois com médico, depois com fisioterapeuta e etc. Fazemos atendimentos integrados em grupo, construídos através de um documento chamado Projeto Terapêutico Singular, construído com a equipe e com a pessoa a ser atendida, para encaixar um plano terapêutico que atenda de verdade as necessidades. Falo disso em outro texto, mas essa lógica de atendimento grupal e multiprofissional é muito mais efetiva do que os atendimentos individuais. Mesmo assim, muitos profissionais que vão trabalhar na RAPS não conseguem entender como atuar assim. Sem um espaço formativo adequado, esses profissionais tentam criar um ambulatório num lugar onde não é ambulatório e/ou adotam práticas sem sentido durante o tratamento. Acontece em muitos lugares.
Dá para perceber que a natureza dos problemas gira em torno da aplicação das políticas públicas por parte do Estado e da gestão em saúde, né? A municipalização de várias dessas políticas públicas também contribui para que haja uma grande discrepância na abrangência do sistema — o serviço funciona bem no município X, mas não funciona no município Y, quando deveria funcionar em todo o país. Como eu não conhecia Uberaba, fiquei muito apreensivo com a realidade que encontraria aqui.
Bem, ainda tenho muito a conhecer, mas esta cidade está bem avançada em relação a outros municípios quando falamos da cobertura da RAPS. E falando da unidade específica em que trabalho, o CAPS infantojuvenil, me deparei com uma excelente gestora organizando o trabalho. Ainda há desafios. A equipe é bastante reduzida frente a demanda, mas é uma equipe que realmente trabalha em equipe e que está desenvolvendo boas estratégias para superar essas dificuldades — e lutar para ampliação dos serviços, recursos, e melhores condições de atendimento para a população.
Isso me deixa muito realizado. Claro que eu trabalho para ganhar dinheiro, não dá para escapar da lógica capitalista estando num país capitalista. Mas é bom saber que vou empregar meus conhecimentos enquanto psicólogo em um projeto no qual eu acredito.
Da última vez que falei de psicologia por aqui foi só depressão, mas hoje acredito que o clima é mais de alegria. Estou trabalhando desde 01/07 e a experiência tem sido ótima!

Museu do Dinossauro. Fizemos nossos passeios por aqui já e o mais legal foi num distrito de Uberaba chamado Peirópolis onde tem o Museu do Dinossauro, ligado a UFTM. Parece que lá é o lugar em que foram achados os fósseis do Uberabatitan ribeirois, o maior dinossauro brasileiro — e segundo a descrição, o último também. Ele é bem gigantão mesmo, mas era herbívoro. De qualquer maneira, vamos às fotos.

Este é o Uberabatitan ribeirois, é muito grandão mesmo, as pernas são maiores que a gente.

Esse é o modelo de como seria a cabeça do Uberabatitan

Aqui outro ângulo porque, pelo o que a gente viu, o Uberabatitan usava essa cauda gigante como chicote para se defender

Aqui estamos nós com o modelo em tamanho real de uma preguiça gigante

Esses caules fossilizados são parte de uma samambaia gigante
Enfim, eu fiquei muito feliz de morar numa cidade que tem dinossauros. Sei lá, isso é legal pra caramba!
Lâminas do Caos. Depois de 1 mês, fizemos mais uma sessão online dos Lâminas do Caos. Mas, de qualquer maneira, fizemos outra sessão na semana antes da mudança, então temos muito a relatar.
Depois de salvarem Kaelion e recuperarem o kailash, passaram um certo tempo ocioso em Yuvalin. Darius aproveitou para reconquistar Lónien, que estava p* da vida com os Lâminas do Caos. Após bajulá-la e ajudá-la, ela concordou em voltar para o grupo. Mérida tentou aprender a cantar com a mãe de Darius, mas não foi muito bem sucedida. Arkon, entretanto, resolveu seguir um grupo de ladrões pensando que talvez eles tivessem algo a ver com o roubo da forja-rubi. Então Arkon tentou emboscá-los para interrogá-los. Entretanto, falhou nisso e foi capturado. Eles tentaram torturar Arkon para saber para quem ele trabalhava, mas eram fracos demais e Arkon se livrou das cordas e preparou para capturá-los. Entretanto, não foi rápido o suficiente e os ladrões fugiram.
Mérida, que viu a aventura de Arkon, conseguiu adestrar alguns gorloggs para ir atrás dos ladrões. Isso deu tempo de ela chegar e tentar usar seus poderes druídicos para intimidá-los, mas ao ver que era uma pequena dahllan, todos começaram a rir dela. Então ela pediu desculpas e começou a só jogar conversa fora, enquanto usava a magia Ouvir Pensamentos. Com isso ela conseguiu descobrir que eles realmente pegaram o artefato que forja rubi e o venderam para uma caravana de mercadores de Aslothia.
Mérida descobriu que Aslothia, o Reino dos Mortos, vai organizar um leilão logo logo. Ouviram rumores de que o Conde Ferren Asloth chegou a contratar Rà, a famosa assassina, mestre dos disfarces, que mescla golpes de florete e truques de ilusão em suas "performances", para proteger o "Pulmão da Montanha", o nome do artefato que forja rubi.
Então, no dia 05 de Vigília de 1420 (05/05/1420), Thrün soube que o tal do leilão seria dali a 4 meses. Ezequias então arcou com todas as despesas da viagem e eles partiram de Yuvalin rumo a cidade de Aslavi, a única cidade do Reino dos Mortos que aceita viajantes. Após 3 meses de viagem, quando estavam em Wynlla, o reino da magia, receberam o chamado de socorro de Kaelion — irmão mais velho de Darius e crush da Mérida — que tinha ido desmontar uma célula purista na Floresta Suplicante (em Wynlla), mas tinha sido emboscado por minotauros da manada que queriam vingança pela morte de um dos seus líderes. Sem pensar duas vezes, os Lâminas do Caos foram ao resgate.
Não foi difícil acabar com os minotauros da manada e desamarrar Kaelion, mas o maior desafio estava por vir: Steve Stark, um capitão do exército purista, tinha se transformado em um super-soldado, com todas as suas capacidades físicas aumentadas. Como todos dos Lâminas do Caos — exceto Lónien — eram não-humanos, o ódio de Steve Stark ferveu. Foi uma luta árdua, mas juntos conseguiram derrotá-lo. E então seguiram viagem.
Foi mais 1 mês pelo mar para chegar até Aslothia, e no finalzinho da viagem enfrentaram uma terrível tempestade que deixou Mérida muito machucada. Mas, apesar disso, conseguiram desembarcar. O porto ficava fora da cidade, mas já conseguiam ver as muralhas cinzentas e o céu estranhamente nublado fazendo o dia parecer quase noite.
Sem perder tempo, tentaram entrar na cidade, mas foram barrados pelos guardas — esqueletos de armadura e o oficial era um ser voador com um sobretudo de pano de saco e que parecia ser pura sombra. Eles cobraram 200 tíbares por personagens, mas era um engodo. No final, tiveram que lutar do mesmo jeito porque eles não permitem devotos de Khalmyr — e Arkon é devoto de Khalmyr.
Depois de derrotar os guardas e recuperarem o dinheiro, entraram em Aslavi, passando por suas ruas sinuosas cobertas de névoa. As pessoas usavam capas e chapéus para esconderem seus rostos, então os Lâminas do Caos compraram capas pesadas na barraquinha de um goblin. Então entraram numa taverna chamada Lixo Trancado.
Lá, descobriram nos porões, uma estação de jogatina de wyrt, onde um osteon (esqueleto vivo também) chamado Prinkster se gabava de ser o apresentador do próximo leilão. Eles jogaram várias rodadas de wyrt enquanto bebiam com Prinkster que, muito falastrão, revelou que o Pulmão da Montanha — o fole que permitiria a forja de aço-rubi — seria leiloado neste leilão que aconteceria dali a 3 dias na Mansão Bac Arat.
Depois de pegarem todo o dinheiro de Prinkster na jogatina, eles receberam dele dois convites para o leilão dali a 3 dias. Entretanto, um trio de elfos ladrões, interessado nesses convites, se levantaram para atacar.
Eles eram os gêmeos Sihnion e Sillion, armados com floretes, e Siora, que era uma maga das trevas. Os Lâminas do Caos tiveram muito trabalho — Darius, inclusive, caiu inconsciente pelos ataques de Sihnnion e precisou ser ajudado outra vez por Lónien —, mas conseguiram derrotá-los.
Ágatha, a dona do Lixo Trancado, pediu desculpas por ter deixado passar este trio de meliantes e, como forma de pediu desculpas, ofereceu deixá-los dormir nos quartos da taverna o tempo que precisassem. Sem recusar uma cama gratuita, o grupo aceitou.
Em três dias, eles poderão participar do leilão e recuperar finalmente o Pulmão da Montanha.
VAL. Saiu outro texto meu na VAL, galera. Ele se chama “Diversão pra quem?”, em que eu questiono essa ideia despolitizada de gosto literário. É tipo aquela discussão do limite do humor, só que versão literatura.
Bom, por hoje é isso. Até semana que vem, gente.
Reply