#1 — Então, sou autista

Na newsletter de hoje você descobrirá que autistas falam e socializam, conhecerá o Scriv e também verá os primeiros passos da colônia Agora Vai em "Oxygen Not Included"

Como este é o tema principal, já vamos lá lançar nossa seção Autismo. 3, 2, 1 e…

Fundo preto, um cérebro verde e o texto: "Autismo"

Eu recebi o diagnóstico formal no dia 11 de fevereiro de 2025, ou seja, há pouquíssimo tempo. Comecei a avaliação em Novembro de 2024 com a neuropsicóloga Adriane Erbs (recomendo o trabalho dela). Fiz ao mesmo tempo que a Vanessa — na época ainda minha noiva — que procurou a avaliação neuropsicológica por indicação da psiquiatra, já que ela estava afastada do trabalho por causa da Síndrome de Burnout e precisava investigar mais as causas do burnout.

Pois é, foram um pouco mais de dois meses de avaliação. A demora é porque, primeiramente, uma avaliação neuropsicológica exige várias entrevistas e testagens e elas são divididas em sessões semanais. A periodicidade é para não bagunçar a agenda dos profissionais, mas também tem a questão de que quase ninguém vai ter tempo para ficar várias horas seguidas em avaliação — mesmo que encontre um profissional com agenda liberada para isso. O outro motivo da demora é que, nesse meio tempo, Vanessa e eu nos casamos, eu me mudei de Teófilo Otoni (MG) para Parauapebas (PA), e a Adriane, nossa neuropsicóloga, defendeu sua dissertação de mestrado.

Foto do nosso casamento. São dus pessoas negras. A Vanessa estava com cabelos encaracolados loiros e um vestido vermelho massala, e eu estou usando óculoss e com uma camisa social massala. A nossa frente, está a mesa. Tem um bolo fake com um topo de modelos em biscuitt de nós dois: a boneequinha Vanessa está cantando e o bonequino Ícaro está tocando violino. Outros detalhes da mesa: docinhos, bem casados, garrafas com rosas vermeelhas, uma faixa verde e várias lâmpadas acesas penduradas..

Pois é, nosso casamento também não foi nada tradicional, mas isso fica para contar outro dia. Por enquanto, olha que topo de bolo bonitinho que nossa madrinha Suca deu. A gente guardou bem guardadinho pra usar em todas as comemorações que pudermos usar o resto da vida HAHA e não importa se as pessoas achem brega, a gente gosta das roupas combinando. É legal.

No final foi uma revelação dupla: tanto ela quanto eu somos autistas. E para nós dois a revelação do diagnóstico não foi nenhum baque. Na verdade, gerou muito alívio. Sobre a minha história com a Vanessa falarei outro dia, hoje vocês conhecerão mesmo o lado Ícaro da história toda com o autismo.

Eu me lembro quando estava no 1º ano do Ensino Médio e a professora de química resolveu reclamar do comportamento dos alunos na sala em um tom bem humorado. Como sou casado com uma professora de ensino médio e escuto muito sobre a rotina da escola, acho que o tom bem humorado era pra tentar extravasar todo o estresse de trabalho. Mas a parte estranha é quando chegou na minha vez: ela reclamou que eu ficava muito quieto parecendo um autista. Na época não entendi… O ponto todo não era ficar quieto na sala de aula? Eu deveria conversar mais? Meu engajamento com a aula de química estava baixo? Como assim tá me chamando de autista? Apesar de eu ainda não entender o que se passava na cabeça dela, agora eu sei que ela estava certa: sou mesmo autista.

O Transtorno do Espectro Autista é classificado na Classificação Internacional das Doenças (CID-11), da Organização Mundial de Saúde, como transtorno do neurodesenvolvimento. Existe ainda muita discussão sobre o que é o autismo, mas uma coisa é unânime: não é uma condição que pode ser adquirida ao longo da vida. Autistas nascem autistas e as características nos acompanham a vida toda. Tenho quase certeza de que aquela professora de química não foi uma grande observadora e conhecedora do autismo e reconheceu sinais em mim, ela provavelmente tentou fazer uma piada e saiu aquilo ali. Mas eu nunca fui como os outros garotos… E olha que eu tentei muito ser.

O problema todo é que as pessoas tem uma ideia fixa de como é um autista: um menino branco de 8 anos de idade que fica se balançando em posição fetal (dando os créditos da imagem cômica à Vet Hauaji, a psiquiatra que validou meu laudo). Se, por acaso imaginam esse menino crescido, ele vai parecer o protagonista daquela série da Netflix, Atypical. Uma pessoa toda travada que age parecendo um robozinho. Se for um autista com altas habilidades, vai se tornar o Sheldon Cooper de The Big Bang Theory — que é basicamente o protagonista do Atypical caso faça doutorado em Física Teórica. E se não for alguém com o tal “alto funcionamento” (termo horrível e inútil na prática, diga-se de passagem), vão imaginar alguém que vai continuar agindo de maneira infantil e se babando todo num quartinho isolado.

Isso quando imaginam autistas adultos, né? Na maioria das vezes, nem isso imaginam.

Imagem do personagem Lida Tenya de Boku no Hero Academia. Ele é um rapaz de pele clara, expressão austera, óculos, e cabelos pretos. Seu traje é preto com várias platas de metal prateadas e canos de escapamento saindo das suas pernas. Tenya está com uma posição de corrida.

Sabem um personagem que eu tenho CERTEZA de que é autista? Lida Tenya de Boku no Hero Academia. Ele é todo certinho (a rigidez cognitiva aí), fica fazendo uns movimentos estranhos que devem ser stims, e leva tudo literalmente. Outro personagem do mesmo anime que é diferente do Tenya e que eu também tenho certeza de que é autista: Todoroki Shoto. Respeitem meu headcanon.

Já comecei errado porque não sou branco. Até uso óculos (embora use mais lentes de contato, porque meu problema de vista é na córnea, uma doença chamada ceratocone. Óculos não são o suficiente para o ceguinho aqui), mas também não ficava em posição fetal me balançando. Nem agindo que nem um robozinho. Também não tenho doutorado em Física Teórica. Até falo inglês, mas não é minha língua materna. Nasci no Brasil.

Certo, eu tinha algumas estranhezas desde sempre: quando eu aprendia uma regra, seguia ela à risca (desde que ela fizesse sentido para mim). Por exemplo: não importava se a rua estivesse deserta, eu só a atravessaria se o sinal para pedestres estivesse verde. Muita gente acha meu jeito de conversar estranho também. Aparentemente, eu acabo aprofundando todos os assuntos quando era para conversar mais superficialmente (mas sinceramente, eu acho é quem acho todo o resto das pessoas estranhas. Gente, vocês não sabem que é bem mais fácil só falar o que estão pensando não? Não faz sentido ficar inventando códigos e esperar que os outros entendam 100%. Vocês vão evitar muitos problemas se pararem de fazer isso). E eu não paro quieto com as mãos. Estou sempre mexendo em alguma coisa ou batucando os dedos.

Apesar disso, a primeira vez que a suspeita de autismo foi levantada foi em 2018. Em 2017 eu estava prestando serviço militar obrigatório num Tiro de Guerra e aquilo estava me deixando muito estressado, a um nível em que eu comecei a passar mal e a estourar com minha família — coisa que eu não fazia, tanto é que passei a vida toda iludindo as pessoas para acharem que eu sou uma pessoa muito tranquila (não sou. Aprendam: todo autista é muito estressado). Daí fui fazer terapia e, depois de um ano de sessões, a psicóloga levantou muito sutilmente essa hipótese.

Foi um baque. Ali que foi meu baque. Tipo… Autista? Eu? Acontece que eu fui tratado como “esquisito” a vida inteira. Não é algo que as pessoas falem abertamente, tipo: “Ícaro, seu esquisito, suma daqui”, mas a gente percebe através das atitudes. Eu percebi. Nunca entendi de verdade o que eu fazia de errado para merecer aquela exclusão toda. Mas se eu fosse autista, eles teriam uma justificativa para continuar. Eu me lembro de ter chorado muito na época e escrevi no meu diário sobre.

O dia praticamente acabou de começar, mas a mamãe acabou relembrando como eu era quando criança. Uau, eu sempre fui bem anormal mesmo, hein. Ainda permanece muita coisa que eu não mudei ainda. E é... Acho que o que mudou foi a percepção de que eu não sou como as outras pessoas. Essa percepção veio a partir dos dois episódios em que eu me vi um excluído. A primeira vez foi na van do Emerson, quando criança, e isso me fez pensar bastante sobre minhas ações. Eu tomaria cuidado com quem me envolveria a partir de então e evitaria daquela porcaria acontecer de novo. Então veio a da adolescência, com o pessoal da Igreja. Ai eu vi que foi em vão e que precisava reforçar e muito as minhas defesas. Toda a minha artificialidade vem disso. Eu tenho muito medo de não ser aceito por ninguém se as pessoas souberem quem sou eu. A origem da minha "corrupção" está aí também. Sempre me disseram que eu era tão bom, gente boa, e tudo mais... Mas se o certo é realmente bom, por que ninguém gosta disso? Nós sermões do meu pai ele sempre me lembra de como eu era melhor quando mais novo. Algumas vezes disse que quanto mais velho, mais novo fico. Mas caramba... Foi minha reação à vida! Eu não me sinto encaixado. Sei lá. Se a melhor versão de mim foi aquela da infância, eu acho uma tremenda injustiça eu ter tido de viver num mundo que me levou a mudar. Às vezes penso se tenho algum problema, na verdade, comecei a psicoterapia para ver se alguém acha o tal problema. O Felipe, meu primo, é hiperativo e parece ter algum grau de autismo também. Uma vez ele estava chateado porque não podia jogar no celular do Ítalo. Ele fez uma cabana de almofadas, se isolou, e ficou resmungando. Não entendi bem o quê, mas pareceu bem o que eu faço. Eu me escondo para pensar, torço para alguém entrar e pensar comigo, mas já sei que ninguém nunca vai me alcançar aqui. Por que fazemos isso? O tio Nani também tem isso, pelo que ele descobriu. Meu pai sempre falou que eu pareço meu tio - só que meu tio é tipo a versão melhorada, que teria feito isso e aquilo.

Mas toda a linha de raciocínio acima é pautada num pensamento simples: "A culpa foi minha". Meus sentimentos são pautados nisso também. Por isso eu tenho sido meio triste por tanto tempo, tantos anos. Se a culpa é minha, eu não gosto de mim. Eu me fiz passar muita coisa ruim. A minha psicóloga não achou nenhum problema em mim, nem mesmo quando eu comentei sobre a minha vida amorosa inexistente e minha estratégia para lidar com isso. Na verdade, ela sugeriu na última sessão que eu não tenho culpa de nada. Eu não posso impedir nada. Os outros fizeram o que fizeram a mim, mas isso não me diz respeito. Eu não os induzi a fazer nada contra mim. A culpa pode ser de outras pessoas. E se eu não tenho culpa, não há nada de errado comigo. Os outros é que estão errados. Então não há porque não me aceitar como sou. Minha "obsessão" por estar no controle - o que leva à minha irritação quando sou desafiado, meu desleixo com a aparência e etc, talvez até a minha dependência, e o meu vício em ter pessoas confiando em mim... Talvez tudo sejam sintomas de uma coisa só: eu não me aceito. Bom... Meus sentimentos não mudaram ainda, mas acho que vale a pena eu me deixar seguir por essa linha. Quem sou eu? E quando eu descobrir isso, preciso aceitar.

Diário #3 escrito no Evernote em 19 de Janeiro de 2018

Pois é. Mas na época eu fiquei sem dinheiro para continuar a terapia e tive que sair, então joguei todos esses sentimentos pro abismo e continuei vivendo a minha vida… Até 2023. Estava acontecendo muita coisa na minha vida que justificava o estado caótico em que eu fiquei naquele ano, mas a verdade é que eu acho que vivenciei um burnout autista. A neuropsicóloga acabou corroborando com esse achismo e até colocou isso no laudo da avaliação.

Primeiramente, eu tinha feito um tratamento para depressão em 2022 e já tinha recebido alta. Mesmo assim, a depressão voltou com tudo. Lembro que a psiquiatra que me atendeu na época suspeitou de distimia, uma espécie de depressão crônica que vai e volta a vida inteira. E era isso, eu sempre fui uma pessoa triste, desde criança, e essa tristeza não parecia ter nenhuma explicação (eu sei, fui bem revelador ali no diário, mas eu não aceitava muito bem os pensamentos do Ícaro em Crise não).

Lista de sintomas do Ícaro em 2023: primeiramente, uma dor intestinal que se parecia muito intolerância à lactose — inclusive a parte de ela vir quando eu consumia alguma coisa que tem lactose. Fiz os exames e deu negativo, sem intolerância. E depois de umas semanas eu voltei a consumir produtos com lactose sem sentir nada. Aí depois de um término de relacionamento e uma frustração grande em relação a um concurso público que eu achei que tinha passado (mas não passei), voltaram as crises de choro repentinas e duradouras da depressão, e comecei a vomitar muito. Eu sentia náuseas durante todo o dia por meses e, nos meses em que ela estava mais forte, eu nem conseguia comer direito. Também não conseguia dormir mais do que 2 horas por dia. Uma porrada de gente elogiou meu emagrecimento na época, mas isso aconteceu porque eu estava doente — e adiantou nada, engordei tudo de novo depois que isso aí passou.

Na mesma época, minha mãe viu algo sobre Altas Habilidades/Superdotação (assunto complicado que eu vou trazer aqui quando falar mais de psicologia), e daí começamos a suspeitar que eu tenha — suspeita também levantada por aquela primeira psicóloga que me atendeu e também pela coordenadora do curso de psicologia que eu cursei. Eu queria saber se era isso que estava gerando todo aquele caos mental e então fui procurar avaliação neuropsicológica em Teófilo Otoni. Consegui na Clínica Ego. Fiz um mês de avaliação (com duas sessões por semana porque eu estava com muitas ideações suicidas) e o laudo deu inconclusivo. Negativo para Altas Habilidades porque minha pontuação no WAISS (teste de inteligência) foi 109 (a inteligência Média Superior começa a contar a partir da pontuação 110). Negativo para autismo porque eu relatei que, apesar de ter problemas em fazer amigos, eu sinto falta e quero socializar com as pessoas. Segundo a neuropsicóloga que me atendeu, autistas não querem socializar.

Mais tarde conheci outras pessoas autistas que relataram falas parecidas de profissionais de saúde. Tipo um: “Como assim você é autista, você fala!”. Eu tenho críticas à descrição existente na CID-11, mas vocês podem conferir lá: o interesse em socialização e a capacidade de fala não são critérios diagnósticos.

Um ano depois iniciei a nova avaliação e agora tenho a confirmação de que sou autista. Antes disso, já estava me identificando com o relato de outros autistas adultos (tem um grupo no WhatsApp inclusive chamado AAAA, e significa “Associação de Apoio a Autistas Adultos”). Por isso é um alívio. O baque foi no passado, agora é só a validação de tudo o que eu sempre senti. E também a indicação para que eu tenha uma boa qualidade de vida.

Enfim, numa próxima vez explico mais sobre o que é autismo e como minha vida funciona. Mas vocês já tem aí, por hoje, muita informação sobre a vida de uma pessoa autista. Até pedaços do meu diário vocês leram!

Scriv é uma plataforma de autopublicação gratuita de livros. Funciona tipo o Wattpad e aquelas plataformas de publicação de fanfics. Um amigo (que por sinal é autista também, então estamos dentro do tema) começou uma história lá muito legal e eu resolvi ler. Ela se chama “Dama Selvagem, a Imperatriz dos Venenos”. Segue aí a sinopse:

Criada em um colégio para moças cuja missão é fornecer "noivas de alto pedigree para a nobreza", Zena nunca se esforçou para se destacar. Aos 28 anos, seu futuro como uma serviçal solteira é uma promessa de liberdade em relação ao casamento com um mestre que deseje controlá-la e domá-la. Seu plano de permanecer livre é atrapalhado, no entanto, quando o colégio recebe uma carta de um comprador que não pode ser rejeitado e Zena é a única candidata ideal. Dada em casamento ao monstro que comanda o continente, ela fará de tudo para sobreviver — mesmo que isso signifique matar seu marido antes que ele possa executá-la.

Eu estou gostando bastante, principalmente como temos uma riquíssima apresentação das contradições psicológicas internas da Zane, a protagonista. Ela é sempre muito irreverente, brincalhona e etc, mas se acostumou tanto a ser saco de pancadas que nem consegue entender que existem pessoas que a amam. É legal ver isso se desenrolando.

Também comecei uma história no Scriv. Uma versão original de uma fanfiction que escrevi em 2016 de The Legend of Zelda. (Caso alguém seja das mais ou menos antigas no Spirit Fanfics, estou falando de “A Lenda de Link: a Triforce do Crepúsculo). Mas falarei mais dessa história num outro dia.

Oxygen Not Included é um jogo de gerenciamento de recursos e simulação num estilo meio sandbox. É sobre a colonização espacial e a gente precisa garantir que os duplicantes, que são os colonos, não morram.

Aqui está o que aparece logo quando abrimos o jogo: ALERTA! Acordei no local marcado, mas nossos esforços de colonização já alcançou uma dificuldade. Era para pousar na superfície do planeta, mas fiquei preso muitos quilômetros no subterrâneo. Apesar de as condições não serem ideais, é imperativo que eu estabeleça a colônia aqui e comece a montar nossos esforços para escapar.

Eu já tinha jogado um pouquinho antes — o que foi problemático, em certo ponto, porque fiquei hiperfocado (outra coisa autista) e daí me esquecia de fazer todas as outras tarefas, inclusive comer e etc — mas as primeiras colônias acabaram em desastre, uma bagunça completa. Ali era porque eu estava aprendendo as mecânicas básicas do jogo e tudo o mais. Daí vi um vídeo de 1 hora do canal Pesterenan no YouTube com 10 dicas para iniciantes e resolvi criar uma nova colônia, a colônia Agora Vai.

Print de tela do jogo Oxygen Not Included. No meio de muitas rochas, está um portal e uma baú amarelo. Além disso, existem três personagens com seus nomes atribuídos: Otto, Devon e Camille.

Agora vai! E temos aí nossos duplicantes iniciais: Otto, Devon e Camille.

Dessa vez pus em prática o que aprendi com o Pesterenan: primeiro cavei um buracão pro dióxido de carbono da respiração dos replicantes não se acumular na área em que eles ficam. Daí criamos um gerador de oxigênio a base de algas, porque aquela rocha azul ali que emana oxigênio acaba sumindo depois de um tempo. Criei um banheiro com lugar para lavar as mãos e um quarto, mas mesmo assim o Otto acabou pegando uma alergia por causa dos germes no banheiro.

Claro que construí também um quarto para os coitados não precisarem dormir no chão depois de trabalhar o dia inteiro, né? E aproveitei também para criar uma estação de pesquisa para já irem melhorando a tecnologia. Assim que possível, construí uma estufa onde podiam fazer uma horta, uma cozinha para cozinharem tudo, e recebemos um novo duplicante em nossa pequena família: o Meeo, que vai ser o cozinheiro.

Aplicando uma importante lição, mantive toda a geração de energia separadinha desde o início. Os fios aguentam 1000 W de potência, então não é interessante ligar tudo na mesma fiação. Dá uma sobrecarga e vira o caos — exatamente o que não queremos aqui, porque Agora Vai!

Print do Oxygen not Included: A mesma sala da base antes com o portal e tudo o mais, mas agora temos mais coisas no andar: um gerador de energia, uma bateria, e um gerador de oxigênio que está sendo desinfetado pelo duplicante Devonn enquanto o duplicante Otto leva algas para alimentar o gerador de oxigênio. Em cima temos a cozinha, com uma grelha e uma máquina de quebrar ovos, além de um baú amarelo que é para guardar comida.

Aqui dá para ver o ponto inicial da base e a cozinha ali em cima. As lâmpadas em branco é porque ainda precisam construir.

Print do Oxygen not Included: Vemos a base em 2 andares. No primeiro temos uma sal que é um banheiro, tendo uma latrina, um lugar para lavar as mãos, uma bomba manual para tirar água do reservatório de água abaixo, e um terrário de algas. Fora da sala tem um armário..

Aqui é o banheiro (embaixo) e a estufa (em cima)

Print do Oxygen not Included: mostrando uma base em 3 andares. O primeiro tem uma cama, o segundo tem 3 camas e também um gerador de energia, duas baterias e uma máquina estranha (que é de fazer barras de comida). Em cima tem uns arrmários e uma mesa de laboratório.

E aqui podemos ver os quartos e a estação de pesquisa (em cima).

O jogo se organiza por ciclos, que seria os dias. Por enquanto, a colônia Agora Vai está sobrevivendo há 12 ciclos.

Coluna do Ícaro na VAL: E saiu mais um texto meu lá na VAL, desta vez uma resenha detonando “O Inimigo do Mundo”, de Leonel Caldela. Sério, eu gosto muito de Tormenta RPG, mas o Caldela me decepciona demais. Agora que você terminou de ler aqui, já vai lá e dá uma lida clicando aqui.

E bem, ficamos por aqui hoje. Fiquem bem e bebam água (coisa que eu preciso me lembrar de fazer mais vezes).

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